Primeiros casos de coinfecção com duas cepas diferentes de coronavírus no Brasil

Mutações genéticas geram novas cepas, que podem causar coinfecção.
Depois que o coronavírus ganhou o mundo e a pandemia se instaurou, várias mutações já aconteceram — o que é normal, aliás, de região para região. Mas três das mais recentes têm chamado a atenção das autoridades no mundo todo: a do Reino Unido; a da África do Sul; e a do Amazonas. E, aqui no Brasil, já temos casos de pessoas infectadas com dois tipos de coronavírus diferentes. Sim, isso mesmo: duas variações, do mesmo vírus, causando COVID-19 em uma só pessoa.

Aí você deve estar se perguntando: puxa, se tem uma doença instalada no organismo com dois patógenos geneticamente diferentes, o paciente desenvolve sintomas mais graves? Não exatamente. Em específico, a coinfecção foi observada em dois adultos, de 30 e 32 anos, moradores de cidades diferentes do Rio Grande do Sul. Ambos desenvolveram um quadro de leve a moderado da infecção por coronavírus, não precisando de internação hospitalar.

Uma das linhagens presentes nos dois casos é a P.2, identificada pela primeira vez no Rio de Janeiro e que carrega a mutação E484K. Essa mutação pode permitir que coronavírus escape, com mais eficiência, do ataque de anticorpos e também foi encontrada na variante da África do Sul. Além da variante P.2, o levantamento também encontrou uma variante gaúcha do coronavírus, chamada VUI-NP13L.

Ao jornal O Globo, Fernando Spilki, um dos pesquisadores do estudo gaúcho explicou que a coinfecção serve de alerta, pois mostra que a recombinação de genomas virais pode ocorrer, e daí, gerar novas cepas, inéditas. "Possivelmente, teria sido assim que o SARS-CoV-2 passou de morcegos para o ser humano", idealiza, ressaltando a importância de vacinar o maior número de pessoas possível o quanto antes.

E por falar em vacinação... em Israel, os resultados da campanha de vacinação são bastante promissores: segundo as autoridades locais, o país já administrou pelo menos uma dose de vacina contra COVID-19 em mais de 2,5 milhões de cidadãos (ao todo, o país conta com nove milhões de habitantes). Por lá, o imunizante utilizado é o da Pfizer/BioNTech. A segunda dose já foi aplicada em mais de um milhão de pessoas.




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